sábado, 18 de setembro de 2010

Belle Epoque

Entre 1900 e 1913 a moda era voltada tanto para homens quanto para mulheres, principalmente os que tinha poder e nível social elevado. Essas pessoas sempre estavam elegantemente vestidos tinham varias trocas de roupas por dia, ao acordarem as mulheres se arrumavam para tomar café e passearem, isso incluía espartilho que as deixava com cinturas finissimas, camisas com golas altas e firmes, que dava a impressão de as mulheres estarem sempre com o nariz empinado. Saias longas que seguiam as curvas formadas pelo espartilho. Na parte da tarde elas tinha "a hora do chá" onde ficavam em casa com as amigas e podiam ficar mais confortaveis e ate usar um pouco de maquiagem.


As roupas masculinas eram mais simples, o homem buscava  a praticidade sem muitas modificações. Os homens nao mudavam tanto de roupa como as mulheres e nao tinham necessidade de um extenso guarda-roupa como as mulheres. Tambem tinham golas rigidas, casacos e calças formando linhas retas.


Podemos citar tambem os passatempos da epoca, as pessoas passeavam pela esplanada de Biarritz, cavalgavam na Rotten Row, assistiam as corridas em Ascot, velejavam, assistiam a operas... Todos passatempos amenos qeu podem ser vistos no filme My Fair Lady.


Nessa epoca, os ditames da moda deviam ser rigorosamente seguidos, se fosse dito pra usar espartilho todas as mulheres tinham que usar. E a riqueza era exibida em estilos de vida extravagantes, enquanto as classes menos beneficiadas se valiam de roupas de segunda mao ou doações. A diferença social era bem gritantes, ate a Primeira Guerra chegar que foi quando as coisas começaram a ficar dificeis e o nivel de vida começou a cair.



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Principais pontos de "As origens da costura"

Se nos basearmos no texto de Dider Grumbach, veremos que somente em 1675, ordenado por Luis XIV é que as costureiras ganharam reconhecimento e mercado, entretanto, o poder e a autonomia delas mantiveram-se restritas. É fato que no sec.XIX a moda era voltada para a corte, Maria Antonieta foi uma das que “ditou” moda naquela época. Os costureiros estavam presos a vontade das mulheres que encomendavam suas roupas, além de a roupa estar submetida à escolha do tecido. Com o tempo apesar de as costureiras poderem comprar os tecidos por gosto próprio, elas preferiam continuar com a execução de trabalhos por encomenda. Hoje as costureiras continuam exercendo o trabalho sobre encomenda, mas se diferem em algumas coisas das do sec.XIX., exceto as costureiras autônomas que fazem as peças a serviço de clientes, as costureiras de confecções seguem as orientações de estilistas, designers ou até do próprio dono da loja que acaba se passando pelo idealizador das peças. Entretanto há aquelas costureiras que começam autônomas e se tornam grandes estilistas ou ate as que prestam serviço para alguém.

Quem revolucionou essa indústria no sec.XIX foi Charles Frédéric Worth, pois apresentava suas peças prontas, sem direito a encomenda.

Worth era vendedor assistente de Gagelin, em Paris, onde começou a introduzir suas criações no famoso armarinho, com o interesse da clientela por seus vestidos sóbrios Worth pede aos patrões que lhe dêem um ateliê, mas seu pedido é negado. Somente em 1853 que a casa Gagelin aceita Worth como sócio devido ao seu sucesso em exposições em Paris e Londres. Porem com um pequeno desentendimento entre os sócios, Worth começa a pensar em abrir sua própria empresa. Associando-se a Otto Gustav Bobergh, eles abrem a Worth & Bobergh – Confecção de vestidos e mantôs. Foi o primeiro a apresentar suas roupas em “sósias”, as precedentes das atuais modelos, e também, não aceitava encomendas, ele confeccionava as peças segundo seu gosto, o que acabou por interessar a princesa de Metternich, começando assim a entrar para a corte com a convocação da imperatriz Eugênia.

Charles Poynter Redfern sempre se destacou na moda por trazer a sobriedade britânica para suas roupas, mas no teatro era figurinista solicitado justamente pelo inverso. Seus figurinos ganharam admiração do público e dos críticos pelo tom dramático que possuíam, dando a Redfern o status de “autor dramático”.

Jacques Doucet criava trajes com inspiração no século XVIII. Usava sobreposições e justaposições de cores, que obtinha através de tecidos transparentes e bordados de flores pra reconstituir as cores, o brilho e as luzes das obras impressionistas.

Mais tarde substituiria tais ornamentos por rendas, pérolas, passamanaria, seda pastel e corte elegante.

Paul Poiret foi quem modificou os hábitos da alta-costura, pois na sua opinião a moda orienta a sociedade, desse modo o costureiro pode opinar e atuar em qualquer área da estética.

Poiret gabava-se de ter criado um movimento paralelo ao dos alemães na França em todos os ramos da indústria do luxo: mobiliário, decoração de interiores, perfumes, frascos, desenhos, impressões, tapeçarias, vidraria, roupa de mesa, bordados, passamanaria, rendas, vestidos e mantôs. Além de eaux de toillette, sabonetes perfumados, pós, cremes dermatológicos, batons, maquiagem e esmalte de unhas. E isso mais de dez anos antes de Chanel, em 1911, mesmo ano em que funda em Paris a Escola de Artes Decorativas Martine, que em 1912 já possuía uma produção riquíssima, variada e original.



Foi a partir de 1910 que se distingue costura de confecção. A primeira faz roupas femininas sob medida enquanto a segunda fabrica modelos pré-definidos em série.

A confecção tem peças feitas com medidas prévias, ditadas pela experiência e possui preço mais acessível. A costura é subdivida em alta-costura, média-costura e pequena-costura.

Somente as casas listadas no calendário pertencem à alta-costura. A média-costura é formada por aqueles que não desfilam, mas recebem compradores profissionais e sua clientela privada. A pequena-costura é integrada de costureiros tradicionais (ditas de bairro).

Entre 1940 e 1941 ocorre uma carência de matérias-primas e que se agrava posteriormente, preocupando as casas de alta costura quanto ao fornecimento de seus produtos. Diante desse problema, os responsáveis pela Câmara Sindical tentam convencer as autoridades francesas a ajudá-los por se tratar de uma indústria de prestígio que utiliza um mínimo de matéria para um máximo de mão-de-obra. Assim é atribuída a algumas casas de alta-costura “autorizadas uma” uma cota de matérias-primas fixada em 60% do consumo de lã de 1938 essa foi uma das decisões que salvaram momentaneamente a alta-costura parisiense, pois foi devido a isto que várias casas de costura puderam manter sua mão-de-obra ativa.